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1.
Health Care Women Int ; : 1-14, 2023 Sep 25.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-37748187

RESUMO

Conditions such as violence, drug abuse, sexual satisfaction, anxiety, depression, and disability interfere with a healthy pregnancy and can also account for maternal morbidity. The instrument WOICE was built by WHO to measure it. We applied WOICE in a prospective cohort of 125 pregnant women, using a before-after approach, during the third trimester of pregnancy, and after 42 until 90 days of childbirth. 60% had anxiety during pregnancy, decreasing to 48.8% after delivery (p = 0.07), and depression scores decreased from 7.56 to 5.80 (p = 0.014). Disability affected 62.4% and 56, respectively. 9.6% used drugs during pregnancy, reducing to 4.0% after delivery (RR 0.69, IC 0.49 - 0.69).

2.
J Bras Nefrol ; 43(1): 121-126, 2021.
Artigo em Inglês, Português | MEDLINE | ID: mdl-32672328

RESUMO

BACKGROUND: Kidney transplantation is associated with fertility restoration in more than 50% of women with chronic kidney disease. Pregnancy after transplantation may affect women's health and fetal development, with higher rates of abortion, fetal growth restriction, and neonatal deaths. Twin pregnancy is a condition of high-risk for adverse maternal and perinatal outcomes, and its occurrence in women with previous kidney transplantation is rare. CASE: 32-year-old woman, recipient of living donor kidney transplantation, with a history of one pregnancy prior to transplantation, with current normal allograft function and no use of contraceptive method. At ten weeks of amenorrhea, ultrasound investigation showed a dichorionic diamniotic twin pregnancy. The following evaluation showed Chiari type II features in one fetus, and no detectable abnormality in the other one. There was appropriate blood pressure control with no need for an antihypertensive drug, and renal function remained normal without proteinuria. Calcium and a low dose of acetylsalicylic acid were used as preeclampsia prophylaxis. At 33 weeks of gestation, she presented premature rupture of membranes with spontaneous preterm labor. A cesarean section was performed due to the breech presentation of the first fetus. The patient persisted with normal graft function and without graft rejection during follow-up. DISCUSSION AND CONCLUSION: Twin pregnancies after kidney transplantation are rare, and it is most frequently associated with preterm birth. We reported a successful twin pregnancy after kidney transplantation, with good perinatal and maternal outcomes, and without graft rejection or dysfunction.


Assuntos
Transplante de Rim , Pré-Eclâmpsia , Nascimento Prematuro , Adulto , Cesárea , Feminino , Humanos , Recém-Nascido , Gravidez , Gravidez de Gêmeos
3.
Rev Bras Ginecol Obstet ; 42(5): 248-254, 2020 May.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-32483805

RESUMO

OBJECTIVE: To assess maternal and perinatal outcomes of pregnancies in women with chronic hypertension (CH). METHODS: Retrospective cohort of women with CH followed at a referral center for a 5 year period (2012-2017). Data were obtained from medical charts review and described as means and frequencies, and a Poisson regression was performed to identify factors independently associated to the occurrence of superimposed pre-eclampsia (sPE). RESULTS: A total of 385 women were included in the present study; the majority were > than 30 years old, multiparous, mostly white and obese before pregnancy. One third had pre-eclampsia (PE) in a previous pregnancy and 17% of them had organ damage associated with hypertension, mainly kidney dysfunction. A total of 85% of the patients used aspirin and calcium carbonate for pre-eclampsia prophylaxis and our frequency of sPE was 40%, with an early onset (32.98 ± 6.14 weeks). Of those, 40% had severe features of PE, including 5 cases of HELLP syndrome; however, no cases of eclampsia or maternal death were reported. C-section incidence was high, gestational age at birth was 36 weeks, and nearly a third (115 cases) of newborns had complications at birth One third of the women remained using antihypertensive drugs after pregnancy. CONCLUSION: Chronic hypertension is related with the high occurrence of PE, C-sections, prematurity and neonatal complications. Close surveillance and multidisciplinary care are important for early diagnosis of complications.


OBJETIVO: Avaliar os resultados maternos e perinatais em gestação de mulheres com hipertensão crônica. MéTODOS: Coorte retrospectiva de mulheres hipertensas crônicas acompanhadas em hospital de referência por 5 anos (2012­2017). Foi realizada revisão dos prontuários médicos e os resultados são descritos em médias e frequências. A regressão de Poisson foi usada para identificar os fatores independentemente associados à ocorrência de pré-eclâmpsia superajuntada. RESULTADOS: Um total de 385 mulheres foram incluídas no presente estudo, e a maioria tinha idade > 35 anos, era multípara, majoritariamente brancas e obesas antes da gravidez. Um terço teve pré-eclâmpsia em gestação anterior, e 17% apresentavam lesão de órgão-alvo associada à hipertensão, majoritariamente disfunção renal. Um total de 85% das pacientes usaram ácido acetilsalicílico e carbonato de cálcio para a profilaxia de pré-eclâmpsia, sendo que a frequência de pré-eclâmpsia superajuntada foi de 40%, com um início prematuro (32.98 ± 6.14 semanas). Destas, 40% apresentaram sinais de gravidade associados à pré-eclâmpsia, com 5 casos de síndrome HELLP; entretanto sem nenhum caso de eclampsia ou morte materna. A incidência de cesárea foi alta, com idade gestacional de 36 semanas ao parto, e um terço dos recém-nascidos tiveram complicações ao nascimento. Um terço das mulheres permaneceu usando medicamentos anti-hipertensivos ao fim da gravidez. CONCLUSãO: A hipertensão crônica se relaciona com alta prevalência de pré-eclâmpsia, cesárea, prematuridade e complicações neonatais. Vigilância e cuidado multidisciplinar são importantes para o diagnóstico precoce das complicações.


Assuntos
Pré-Eclâmpsia/epidemiologia , Diagnóstico Pré-Natal , Encaminhamento e Consulta , Adulto , Anti-Hipertensivos/administração & dosagem , Anti-Hipertensivos/uso terapêutico , Brasil/epidemiologia , Cesárea , Estudos de Coortes , Feminino , Humanos , Recém-Nascido , Pré-Eclâmpsia/diagnóstico , Pré-Eclâmpsia/tratamento farmacológico , Gravidez , Resultado da Gravidez , Prevalência , Estudos Retrospectivos
4.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 42(5): 248-254, May 2020. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1137826

RESUMO

Abstract Objective To assess maternal and perinatal outcomes of pregnancies in women with chronic hypertension (CH). Methods Retrospective cohort of women with CH followed at a referral center for a 5 year period (2012-2017). Data were obtained from medical charts review and described as means and frequencies, and a Poisson regression was performed to identify factors independently associated to the occurrence of superimposed preeclampsia (sPE). Results A total of 385 women were included in the present study; the majority were > than 30 years old, multiparous, mostly white and obese before pregnancy. One third had pre-eclampsia (PE) in a previous pregnancy and 17% of them had organ damage associated with hypertension, mainly kidney dysfunction. A total of 85% of the patients used aspirin and calcium carbonate for pre-eclampsia prophylaxis and our frequency of sPE was 40%, with an early onset (32.98 ± 6.14 weeks). Of those, 40% had severe features of PE, including 5 cases of HELLP syndrome; however, no cases of eclampsia or maternal death were reported. C-section incidence was high, gestational age at birth was 36 weeks, and nearly a third (115 cases) of newborns had complications at birth One third of the women remained using antihypertensive drugs after pregnancy. Conclusion Chronic hypertension is related with the high occurrence of PE, C-sections, prematurity and neonatal complications. Close surveillance and multidisciplinary care are important for early diagnosis of complications.


Resumo Objetivo Avaliar os resultados maternos e perinatais em gestação de mulheres com hipertensão crônica. Métodos Coorte retrospectiva de mulheres hipertensas crônicas acompanhadas em hospital de referência por 5 anos (2012-2017). Foi realizada revisão dos prontuários médicos e os resultados são descritos em médias e frequências. A regressão de Poisson foi usada para identificar os fatores independentemente associados à ocorrência de pré-eclâmpsia superajuntada. Resultados Um total de 385 mulheres foram incluídas no presente estudo, e amaioria tinha idade > 35 anos, era multípara, majoritariamente brancas e obesas antes da gravidez. Um terço teve pré-eclâmpsia em gestação anterior, e 17% apresentavam lesão de órgão-alvo associada à hipertensão, majoritariamente disfunção renal. Um total de 85% das pacientes usaram ácido acetilsalicílico e carbonato de cálcio para a profilaxia de pré-eclâmpsia, sendo que a frequência de pré-eclâmpsia superajuntada foi de 40%, com um início prematuro (32.98 ± 6.14 semanas). Destas, 40% apresentaram sinais de gravidade associados à pré-eclâmpsia, com 5 casos de síndrome HELLP; entretanto sem nenhum caso de eclampsia ou morte materna. A incidência de cesárea foi alta, comidade gestacional de 36 semanas ao parto, e umterço dos recém-nascidos tiveram complicações ao nascimento. Um terço das mulheres permaneceu usando medicamentos anti-hipertensivos ao fim da gravidez. Conclusão A hipertensão crônica se relaciona comalta prevalência de pré-eclâmpsia, cesárea, prematuridade e complicações neonatais. Vigilância e cuidado multidisciplinar são importantes para o diagnóstico precoce das complicações.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Recém-Nascido , Adulto , Pré-Eclâmpsia/tratamento farmacológico , Encaminhamento e Consulta , Resultado da Gravidez , Pré-Eclâmpsia/diagnóstico , Pré-Eclâmpsia/epidemiologia , Diagnóstico Pré-Natal , Brasil/epidemiologia , Cesárea , Estudos Retrospectivos , Estudos de Coortes , Anti-Hipertensivos/administração & dosagem , Anti-Hipertensivos/uso terapêutico
5.
Rev Bras Ginecol Obstet ; 42(3): 124-132, 2020 Mar.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-32232819

RESUMO

OBJECTIVE: To assess the use of the intensive care unit (ICU) and its effect on maternal mortality (MM) among women with severe maternal morbidity (SMM). MATERIALS AND METHODS: A secondary analysis of a cross-sectional study on surveillance of SMM in 27 Brazilian obstetric referral centers. The analysis focused on the association between ICU use and maternal death according to individual characteristics and disease severity. Two multivariate regressions considering use of the ICU, age, ethnicity, adequacy of care and the human development index were performed to identify the factors associated to maternal death and maternal near-miss. RESULTS: Out of 82,388 deliveries during the period, there were 9,555 (11.6%) women with SMM, and the MM ratio was of 170.4/100 thousand live births. In total, 8,135 (85.1%) patients were managed in facilities in which ICUs were available; however, only 2,059 (25.3%) had been admitted to the ICU. On the multivariate analysis, when the severity of the maternal disease was measured by the maternal severity score (MMS), the strength of the association between the use of the ICU and maternal death was greatly reduced, along with inadequate care and non-availability of the ICU at the facility. On the assessment of only the more critical cases (SMO, severe maternal outcome), the same pattern of association between ICU and MM was observed. In the models used, only inadequate care and MSS were significantly associated with MM. CONCLUSION: The current study indicates that the main variables associated with maternal death are the severity and adequacy of the case management, which is more frequent in ICU admissions. The use of the ICU without the stratification of the patients by severity may not produce the expected benefits for part of the women.


OBJETIVO: Avaliar o efeito da utilização de unidades de terapia intensiva (UTIs) na mortalidade materna (MM) entre mulheres com morbidade materna grave (MMG). MATERIAIS E MéTODOS: Foi realizada uma análise secundária de um estudo transversal de vigilância de morbidade materna grave em 27 centros de referência obstétrica no Brasil. O foco desta análise foi a associação entre a utilização de UTI e morte materna segundo características individuais e condições de gravidade. Análises múltiplas considerando as variáveis uso de UTI, idade, etnia, adequação do cuidado e índice de desenvolvimento humano foram realizadas para identificar os fatores associados à morte materna e near-miss materno. RESULTADOS: Dos 82.388 partos ocorridos durante o período de estudo, 9.555 (11,6%) mulheres apresentaram MMG, e a razão de MM foi de 170,4/100 mil nascidos vivos. Neste grupo, 8.135 (85,1%) pacientes foram atendidas em instituições com disponibilidade de leitos de UTI, mas apenas 2.059 (25,3%) foram de fato admitidas em leitos de UTI. Na análise de regressão multivariada, quando se considerou a gravidade do caso pelo maternal severity score (pontuação de severidade materna, MMS, na sigla em inglês), houve uma grande redução da força de associação entre utilização de UTI e morte materna, além da inadequação do cuidado e não disponibilidade de UTI na instituição. Na avaliação considerando apenas os casos de maior gravidade (desfecho materno grave, DMG), observou-se o mesmo padrão de associação entre UTI e MM. Nos modelos utilizados, apenas a inadequação do cuidado e o MSS apresentam associação significativa com a MM. CONCLUSãO: O presente estudo aponta que as principais variáveis associadas à morte materna são a gravidade e a adequação do manejo do caso, mais frequentes nas internações em UTI. A utilização dos leitos de UTI sem a estratificação da gravidade da paciente pode não trazer benefícios esperados para uma parte das mulheres.


Assuntos
Unidades de Terapia Intensiva/estatística & dados numéricos , Aceitação pelo Paciente de Cuidados de Saúde , Complicações na Gravidez/mortalidade , Cuidado Pré-Natal , Adolescente , Adulto , Brasil , Criança , Feminino , Humanos , Mortalidade Materna , Pessoa de Meia-Idade , Gravidez , Análise de Regressão , Índice de Gravidade de Doença , Adulto Jovem
6.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 42(3): 124-132, Mar. 2020. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1098861

RESUMO

Abstract Objective To assess the use of the intensive care unit (ICU) and its effect on maternal mortality (MM) among women with severe maternal morbidity (SMM). Materials and Methods A secondary analysis of a cross-sectional study on surveillance of SMM in 27 Brazilian obstetric referral centers. The analysis focused on the association between ICU use and maternal death according to individual characteristics and disease severity. Two multivariate regressions considering use of the ICU, age, ethnicity, adequacy of care and the human development index were performed to identify the factors associated to maternal death and maternal near-miss. Results Out of 82,388 deliveries during the period, there were 9,555 (11.6%) women with SMM, and the MM ratio was of 170.4/100 thousand live births. In total, 8,135 (85.1%) patients were managed in facilities in which ICUs were available; however, only 2,059 (25.3%) had been admitted to the ICU. On the multivariate analysis, when the severity of the maternal disease was measured by the maternal severity score (MMS), the strength of the association between the use of the ICU and maternal death was greatly reduced, along with inadequate care and non-availability of the ICU at the facility. On the assessment of only the more critical cases (SMO, severe maternal outcome), the same pattern of association between ICU and MM was observed. In the models used, only inadequate care and MSS were significantly associated with MM. Conclusion The current study indicates that the main variables associated with maternal death are the severity and adequacy of the case management, which is more frequent in ICU admissions. The use of the ICU without the stratification of the patients by severity may not produce the expected benefits for part of the women.


Resumo Objetivo Avaliar o efeito da utilização de unidades de terapia intensiva (UTIs) na mortalidade materna (MM) entre mulheres com morbidade materna grave (MMG). Materiais e Métodos Foi realizada uma análise secundária de um estudo transversal de vigilância de morbidade materna grave em 27 centros de referência obstétrica no Brasil. O foco desta análise foi a associação entre a utilização de UTI e morte materna segundo características individuais e condições de gravidade. Análises múltiplas considerando as variáveis uso de UTI, idade, etnia, adequação do cuidado e índice de desenvolvimento humano foram realizadas para identificar os fatores associados à morte materna e near-miss materno. Resultados Dos 82.388 partos ocorridos durante o período de estudo, 9.555 (11,6%) mulheres apresentaram MMG, e a razão de MM foi de 170,4/100 mil nascidos vivos. Neste grupo, 8.135 (85,1%) pacientes foram atendidas em instituições com disponibilidade de leitos de UTI, mas apenas 2.059 (25,3%) foram de fato admitidas em leitos de UTI. Na análise de regressão multivariada, quando se considerou a gravidade do caso pelo maternal severity score (pontuação de severidade materna, MMS, na sigla em inglês), houve uma grande redução da força de associação entre utilização de UTI e morte materna, além da inadequação do cuidado e não disponibilidade de UTI na instituição. Na avaliação considerando apenas os casos de maior gravidade (desfecho materno grave, DMG), observou-se o mesmo padrão de associação entre UTI e MM. Nos modelos utilizados, apenas a inadequação do cuidado e o MSS apresentam associação significativa com a MM. Conclusão O presente estudo aponta que as principais variáveis associadas à morte materna são a gravidade e a adequação do manejo do caso, mais frequentes nas internações em UTI. A utilização dos leitos de UTI sem a estratificação da gravidade da paciente pode não trazer benefícios esperados para uma parte das mulheres.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Criança , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Complicações na Gravidez/mortalidade , Cuidado Pré-Natal , Aceitação pelo Paciente de Cuidados de Saúde , Unidades de Terapia Intensiva/estatística & dados numéricos , Índice de Gravidade de Doença , Brasil , Mortalidade Materna , Análise de Regressão , Pessoa de Meia-Idade
7.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 41(7): 419-424, July 2019. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1020605

RESUMO

Abstract Objective To assess maternal and perinatal outcomes in pregnancies after kidney transplantation in a tertiary center in Brazil. Methods Retrospective cohort of pregnancies in women with kidney transplantation at the Universidade Estadual de Campinas, from January 1995 until December 2017. Medical charts were reviewed, andmaternal and perinatal outcomes were described as means and frequencies. Renal function and blood pressure were evaluated during pregnancy and postpartum. Results A total of 22 women had at least 1 pregnancy during the considered timeinterval, and 3 of them had > 1 pregnancy, totalizing 25 pregnancies. The mean age at transplantation was of 24.6 ± 4.2 years old, and the mean time interval until pregnancy was of 67.8 ± 46.3months. Themost frequent complication during pregnancywas hypertension, which affected 11 (64.7%)women. The gestational age at delivery was 34.7 ± 4weeks, and 47% of these pregnancies were preterm (< 37 weeks). A total of 88.2% of the women delivered by cesarean section. Renal function, measured by serum creatinine, remained stable during pregnancy, and the systolic blood pressure increased significantly, while the diastolic blood pressure did not differ during pregnancy. Conclusion Pregnancy after kidney transplantation is a rare event. Pre-eclampsia and prematurity were frequent complications, and cesarean section rates were very high. A specialized antenatal and postpartum care with a multiprofessional approach and continuous monitoring of graft function are essential for the early diagnosis of complications and improved outcomes.


Resumo Objetivo Avaliar os resultados maternos e perinatais de gestações em mulheres transplantadas renais em um centro terciário no Brasil. Métodos Coorte retrospectiva de gestações entre mulheres transplantadas renais na Universidade Estadual de Campinas, de Janeiro de 1995 a Dezembro de 2017. Os prontuários médicos foram revisados, e os resultados maternos e perinatais foram descritos como médias e frequências. A função renal e a pressão arterial foram avaliadas durante a gravidez e o puerpério. Resultados Um total de 22 mulheres tiveram ao menos 1 gravidez durante o período avaliado, e 3 delas tiveram > 1 gestação, totalizado 25 gestações. A idade média no momento do transplante foi 24.6 ± 4.2 anos, e o tempo médio de intervalo até a gravidez foi de 67.8 ± 46.3 meses. A complicação mais frequente durante a gravidez foi a hipertensão, que acometeu 11 (64.7%) mulheres. A idade gestacional no parto foi de 34.7 ± 4 semanas, e 47% das gestações encerraram-se prematuramente (< 37 semanas). Umtotal de 88.2% das gestações terminou com uma cesárea. A função renal, avaliada pela creatinina sérica, permaneceu estável durante a gravidez, enquanto a pressão arterial sistólica aumentou significativamente. A pressão arterial diastólica não diferiu ao longo dos períodos avaliados. Conclusão Gestação após o transplante renal é um evento raro. Pré-eclâmpsia e prematuridade foram as complicações mais frequentes, e as taxas de cesárea foram muito altas. O cuidado multiprofissional no pré-natal e no puerpério e a constante monitoração da função do enxerto são fundamentais para diagnosticar precocemente complicações e melhorar os resultados.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Adulto , Adulto Jovem , Complicações Cardiovasculares na Gravidez/epidemiologia , Cuidado Pré-Natal , Transplante de Rim , Hipertensão/epidemiologia , Complicações Cardiovasculares na Gravidez/etiologia , Complicações Cardiovasculares na Gravidez/sangue , Brasil/epidemiologia , Resultado da Gravidez , Estudos Retrospectivos , Estudos de Coortes , Centros de Atenção Terciária , Hipertensão/etiologia , Hipertensão/sangue
8.
Rev Bras Ginecol Obstet ; 41(7): 419-424, 2019 Jul.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-31250419

RESUMO

OBJECTIVE: To assess maternal and perinatal outcomes in pregnancies after kidney transplantation in a tertiary center in Brazil. METHODS: Retrospective cohort of pregnancies in women with kidney transplantation at the Universidade Estadual de Campinas, from January 1995 until December 2017. Medical charts were reviewed, and maternal and perinatal outcomes were described as means and frequencies. Renal function and blood pressure were evaluated during pregnancy and postpartum. RESULTS: A total of 22 women had at least 1 pregnancy during the considered time interval, and 3 of them had > 1 pregnancy, totalizing 25 pregnancies. The mean age at transplantation was of 24.6 ± 4.2 years old, and the mean time interval until pregnancy was of 67.8 ± 46.3 months. The most frequent complication during pregnancy was hypertension, which affected 11 (64.7%) women. The gestational age at delivery was 34.7 ± 4 weeks, and 47% of these pregnancies were preterm (< 37 weeks). A total of 88.2% of the women delivered by cesarean section. Renal function, measured by serum creatinine, remained stable during pregnancy, and the systolic blood pressure increased significantly, while the diastolic blood pressure did not differ during pregnancy. CONCLUSION: Pregnancy after kidney transplantation is a rare event. Pre-eclampsia and prematurity were frequent complications, and cesarean section rates were very high. A specialized antenatal and postpartum care with a multiprofessional approach and continuous monitoring of graft function are essential for the early diagnosis of complications and improved outcomes.


OBJETIVO: Avaliar os resultados maternos e perinatais de gestações em mulheres transplantadas renais em um centro terciário no Brasil. MéTODOS: Coorte retrospectiva de gestações entre mulheres transplantadas renais na Universidade Estadual de Campinas, de Janeiro de 1995 a Dezembro de 2017. Os prontuários médicos foram revisados, e os resultados maternos e perinatais foram descritos como médias e frequências. A função renal e a pressão arterial foram avaliadas durante a gravidez e o puerpério. RESULTADOS: Um total de 22 mulheres tiveram ao menos 1 gravidez durante o período avaliado, e 3 delas tiveram > 1 gestação, totalizado 25 gestações. A idade média no momento do transplante foi 24.6 ± 4.2 anos, e o tempo médio de intervalo até a gravidez foi de 67.8 ± 46.3 meses. A complicação mais frequente durante a gravidez foi a hipertensão, que acometeu 11 (64.7%) mulheres. A idade gestacional no parto foi de 34.7 ± 4 semanas, e 47% das gestações encerraram-se prematuramente (< 37 semanas). Um total de 88.2% das gestações terminou com uma cesárea. A função renal, avaliada pela creatinina sérica, permaneceu estável durante a gravidez, enquanto a pressão arterial sistólica aumentou significativamente. A pressão arterial diastólica não diferiu ao longo dos períodos avaliados. CONCLUSãO: Gestação após o transplante renal é um evento raro. Pré-eclâmpsia e prematuridade foram as complicações mais frequentes, e as taxas de cesárea foram muito altas. O cuidado multiprofissional no pré-natal e no puerpério e a constante monitoração da função do enxerto são fundamentais para diagnosticar precocemente complicações e melhorar os resultados.


Assuntos
Hipertensão/epidemiologia , Transplante de Rim , Complicações Cardiovasculares na Gravidez/epidemiologia , Cuidado Pré-Natal , Adulto , Brasil/epidemiologia , Estudos de Coortes , Feminino , Humanos , Hipertensão/sangue , Hipertensão/etiologia , Gravidez , Complicações Cardiovasculares na Gravidez/sangue , Complicações Cardiovasculares na Gravidez/etiologia , Resultado da Gravidez , Estudos Retrospectivos , Centros de Atenção Terciária , Adulto Jovem
9.
Rev Bras Ginecol Obstet ; 41(6): 379-386, 2019 Jun.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-31247666

RESUMO

OBJECTIVE: Several factors might affect the health and the quality of life of women who had a severe maternal morbidity (SMM) or a maternal near-miss (MNM) episode. The objective of the present study was to explore the perspectives of the professionals on the repercussions of SMM or of MNM after interviewing women who survived such episodes. METHOD: Selected cases that captured the attention of professionals were reported. The professionals built individually 10 narratives, which were analyzed with the technique of content analysis. RESULTS: According to the perspectives of the professionals, women surviving a severe maternal condition and their families experienced clinical and psychosocial consequences. Some cases portrayed the intense psychological distress in mourning for the loss of the fetus or of their reproductive capacity and changes in family dynamics generating emotional overload, depression, and gender violence. CONCLUSION: The analysis of narratives may offer an idea on the complexity of the perception of care by professionals and on the need for an interdisciplinary follow-up of women surviving an SMM or an MNM episode.


OBJETIVO: Diversos fatores podem afetar a saúde e a qualidade de vida das mulheres que tiveram um episódio de morbidade materna grave (MMG) ou near-miss materno (NMM). O objetivo do presente estudo foi explorar as perspectivas dos profissionais sobre as repercussões da MMG ou do NMM após terem entrevistados mulheres que sobreviveram a um desses episódios. MéTODOS: Casos selecionados que chamaram a atenção dos profissionais foram relatados. Estes profissionais construíram individualmente 10 narrativas, que foram analisadas com a técnica de análise de conteúdo. RESULTADOS: Segundo as perspectivas dos profissionais, as mulheres que sobreviveram a uma condição materna grave e suas famílias vivenciaram consequências clínicas e psicológicas. Alguns casos relataram um intenso estresse psicológico no luto pela perda do feto ou de sua capacidade reprodutiva e de mudanças da dinâmica familiar, gerando sobrecarga emocional, depressão e violência de gênero. CONCLUSãO: A análise das narrativas pode oferecer uma ideia sobre a complexidade da percepção do cuidado de profissionais e sobre a necessidade de um seguimento interdisciplinar das mulheres sobreviventes de um episódio de MMG ou de NMM.


Assuntos
Relações Familiares/psicologia , Procedimentos Cirúrgicos em Ginecologia/psicologia , Serviços de Saúde Materna , Near Miss , Complicações na Gravidez , Sobreviventes/psicologia , Aborto Espontâneo/psicologia , Adulto , Feminino , Fertilidade , Morte Fetal , Pesar , Humanos , Morbidade , Narrativas Pessoais como Assunto , Gravidez , Complicações na Gravidez/psicologia , Angústia Psicológica , Pesquisa Qualitativa , Qualidade de Vida
10.
Crit Care Med ; 47(2): e136-e143, 2019 02.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-30422862

RESUMO

OBJECTIVE: World Health Organization recommends the use of maternal near miss as a tool to monitor and improve quality of obstetric care. Severe maternal outcome corresponds to the sum of maternal near miss and maternal death cases. This study was aimed at validating Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II and IV, Simplified Acute Physiology Score III, and Sequential Organ Failure Assessment in pregnant and postpartum women in predicting severe maternal outcome. DESIGN: A retrospective cohort study. SETTING: Obstetric ICU in a tertiary care hospital in Brazil. PATIENTS: Pregnant and postpartum women admitted to the obstetric ICU during a 3-year period. INTERVENTIONS: None. MEASUREMENTS AND MAIN RESULTS: A total of 279 women were admitted to ICU, an admission rate of 34.6/1,000 live births, and the mortality index to severe maternal outcome (maternal death/maternal near miss + maternal death) was 7.7%. Total Sequential Organ Failure Assessment had a better overall performance than remaining scores for total hospitalizations (area under the curve, 0.86; standardized mortality ratio, 0.96; 95% CI, 0.74-1.22), for hypertensive direct causes (area under the curve, 0.81; standardized mortality ratio, 0.73; 95% CI, 0.31-1.43), and indirect causes (area under the curve, 0.89; standardized mortality ratio, 0.85; 95% CI, 0.59-1.19). The Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II had a better overall performance than total Sequential Organ Failure Assessment for hemorrhagic causes (area under the curve, 0.75; standardized mortality ratio, 1.0; 95% CI, 0.61-1.54). CONCLUSIONS: Total Sequential Organ Failure Assessment may be used to predict severe maternal outcome in obstetric populations admitted to ICU. The Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II may be applied to predict severe maternal outcome in hemorrhagic complications. We do not recommend Acute Physiology and Chronic Health Evaluation IV and Simplified Acute Physiology Score III for the prediction of severe maternal outcome.


Assuntos
Unidades de Terapia Intensiva/estatística & dados numéricos , Mortalidade Materna , Resultado da Gravidez , APACHE , Adolescente , Adulto , Área Sob a Curva , Feminino , Humanos , Escores de Disfunção Orgânica , Gravidez , Resultado da Gravidez/epidemiologia , Estudos Retrospectivos , Fatores de Risco , Escore Fisiológico Agudo Simplificado , Adulto Jovem
11.
Biomed Res Int ; 2018: 5714890, 2018.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-30539015

RESUMO

OBJECTIVE: To explore the epidemiological aspects, to describe the frequency and distribution of WHO maternal near miss (MNM) criteria and the presence of organ dysfunction and failure measured by the maximum SOFA (Sequential Organ Failure Assessment) score (SOFA max) in cases of severe maternal outcome (SMO). METHODS: In an observational cross-sectional study performed between January 2013 and December 2015, 279 pregnant or postpartum women were admitted to an obstetric ICU (intensive care unit) in Brazil. MNM, maternal death (grouped as SMO), and potentially life-threatening conditions (PLTC) were defined according to WHO criteria. For categorical variables, a descriptive analysis was carried out. Frequency and distribution of WHO criteria, organ dysfunction, or failure defined by SOFA max were performed. RESULTS: WHO criteria identified 65 SMO and 214 PLTC. Management criteria were present in 58/65 (89.2%) while 61/65 (93.8%) of SMO cases had dysfunction or failure by SOFA. CONCLUSIONS: The systematic evaluation of the organic function by SOFA max score identified the presence of organic dysfunction or failure in almost all SMO cases. Management criteria were present in all MD cases. Our results indicate the need for new studies evaluating the parameterization of the WHO laboratory criteria for values compatible with the definition of organic dysfunction by the SOFA to identify MNM.


Assuntos
Unidades de Terapia Intensiva , Insuficiência de Múltiplos Órgãos/epidemiologia , Near Miss , Obstetrícia , Escores de Disfunção Orgânica , Resultado da Gravidez , Organização Mundial da Saúde , Adulto , Estudos Transversais , Feminino , Humanos , Gravidez , Adulto Jovem
12.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 40(9): 518-526, Sept. 2018. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-977824

RESUMO

Abstract Objective To assess the relationship between the use of psychoactive substances during pregnancy and the occurrence of severe maternal morbidity (SMM), perinatal outcomes and repercussions on the neuropsychomotor development of exposed children. Methods A case-control study nested within a cohort of severe maternal morbidity (COMMAG) was performed. Women with SMM were considered cases. Controls were thosewith low-risk pregnancy,without SMMand admitted during the same time period as the cases. Cohort data were collected retrospectively in hospital records for childbirth. A face-to-face interview was also performed with 638 women (323 without SMM and 315 with SMM) and their children of the index pregnancy between 6 months and 5 years after childbirth. During the interview, substance abuse during pregnancy was assessed by a modified question from the Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test 2.0 (ASSIST) and the neuropsychomotor development in the children was assessed by the Denver Developmental Screening Test, 2nd edition. Results The prevalence of licit or illicit drug use during pregnancy was ~ 17%. Among drug users, 63.9% used alcohol, 58.3% used tobacco, 9.2% used cocaine/crack and 4.6% used marijuana. There was no association between drug use during pregnancy and SMM, although tobacco use during pregnancy was associated with bleeding, presence of near-miss clinical criteria (NMCC) and alteration in infant development; alcohol use was associated with neonatal asphyxia; and cocaine/crack use was associated with the occurrence of some clinical complications during pregnancy. Conclusion The use of psychoactive substances during pregnancy is frequent and associated with worse maternal, perinatal and child development outcomes.


Resumo Objetivo Avaliar a relação entre o uso de substâncias psicoativas na gestação e a ocorrência de morbidade materna grave (MMG), resultados perinatais e repercussões no desenvolvimento neuropsicomotor das crianças expostas. Métodos Estudo de caso-controle a partir de uma coorte de morbidade materna grave (COMMAG). Mulheres com MMG foram consideradas casos. Controles foram mulheres com gestação de baixo risco, admitidas no mesmo período que os casos. Os dados da coorte foram coletados retrospectivamente em prontuários de internação para o parto e entrevistas presenciais conduzidas com 638 mulheres e seus filhos da gestação-índice, entre 6 meses e 5 anos após o parto. Na entrevista, o uso de substâncias na gestação foi avaliado com uma pergunta modificada introduzida no questionário para triagem do uso de álcool, tabaco e outras substâncias 2.0 (ASSIST, na sigla em inglês) e o desenvolvimento neuropsicomotor das crianças foi avaliado pelo teste de triagem do desenvolvimento Denver II. Resultados A prevalência do uso de drogas lícitas ou ilícitas na gestação foi de cerca de 17%. Das usuárias, 63,9% usaram álcool, 58,3% usaram tabaco, 9,2% usaram cocaína/crack e 4,6% usaram maconha. Não houve associação entre o uso de drogas na gestação eMMG. Contudo, o uso de tabaco foi associado a hemorragia, presença de critérios clínicos de near miss e alteração no desenvolvimento infantil. O uso de álcool foi associado à asfixia neonatal e o uso de cocaína/crack à ocorrência de alguma complicação clínica na gestação. Conclusão O abuso de substâncias lícitas ou ilícitas na gestação é frequente e associado a piores desfechos maternos, perinatais e do desenvolvimento infantil.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Lactente , Pré-Escolar , Complicações na Gravidez/induzido quimicamente , Psicotrópicos/efeitos adversos , Transtornos do Neurodesenvolvimento/induzido quimicamente , Índice de Gravidade de Doença , Resultado da Gravidez , Estudos de Casos e Controles , Estudos Retrospectivos , Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias/complicações
14.
Rev Bras Ginecol Obstet ; 40(9): 518-526, 2018 Sep.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-30064145

RESUMO

OBJECTIVE: To assess the relationship between the use of psychoactive substances during pregnancy and the occurrence of severe maternal morbidity (SMM), perinatal outcomes and repercussions on the neuropsychomotor development of exposed children. METHODS: A case-control study nested within a cohort of severe maternal morbidity (COMMAG) was performed. Women with SMM were considered cases. Controls were those with low-risk pregnancy, without SMM and admitted during the same time period as the cases. Cohort data were collected retrospectively in hospital records for childbirth. A face-to-face interview was also performed with 638 women (323 without SMM and 315 with SMM) and their children of the index pregnancy between 6 months and 5 years after childbirth. During the interview, substance abuse during pregnancy was assessed by a modified question from the Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test 2.0 (ASSIST) and the neuropsychomotor development in the children was assessed by the Denver Developmental Screening Test, 2nd edition. RESULTS: The prevalence of licit or illicit drug use during pregnancy was ∼ 17%. Among drug users, 63.9% used alcohol, 58.3% used tobacco, 9.2% used cocaine/crack and 4.6% used marijuana. There was no association between drug use during pregnancy and SMM, although tobacco use during pregnancy was associated with bleeding, presence of near-miss clinical criteria (NMCC) and alteration in infant development; alcohol use was associated with neonatal asphyxia; and cocaine/crack use was associated with the occurrence of some clinical complications during pregnancy. CONCLUSION: The use of psychoactive substances during pregnancy is frequent and associated with worse maternal, perinatal and child development outcomes.


OBJETIVO: Avaliar a relação entre o uso de substâncias psicoativas na gestação e a ocorrência de morbidade materna grave (MMG), resultados perinatais e repercussões no desenvolvimento neuropsicomotor das crianças expostas. MéTODOS: Estudo de caso-controle a partir de uma coorte de morbidade materna grave (COMMAG). Mulheres com MMG foram consideradas casos. Controles foram mulheres com gestação de baixo risco, admitidas no mesmo período que os casos. Os dados da coorte foram coletados retrospectivamente em prontuários de internação para o parto e entrevistas presenciais conduzidas com 638 mulheres e seus filhos da gestação-índice, entre 6 meses e 5 anos após o parto. Na entrevista, o uso de substâncias na gestação foi avaliado com uma pergunta modificada introduzida no questionário para triagem do uso de álcool, tabaco e outras substâncias 2.0 (ASSIST, na sigla em inglês) e o desenvolvimento neuropsicomotor das crianças foi avaliado pelo teste de triagem do desenvolvimento Denver II. RESULTADOS: A prevalência do uso de drogas lícitas ou ilícitas na gestação foi de cerca de 17%. Das usuárias, 63,9% usaram álcool, 58,3% usaram tabaco, 9,2% usaram cocaína/crack e 4,6% usaram maconha. Não houve associação entre o uso de drogas na gestação e MMG. Contudo, o uso de tabaco foi associado a hemorragia, presença de critérios clínicos de near miss e alteração no desenvolvimento infantil. O uso de álcool foi associado à asfixia neonatal e o uso de cocaína/crack à ocorrência de alguma complicação clínica na gestação. CONCLUSãO: O abuso de substâncias lícitas ou ilícitas na gestação é frequente e associado a piores desfechos maternos, perinatais e do desenvolvimento infantil.


Assuntos
Transtornos do Neurodesenvolvimento/induzido quimicamente , Complicações na Gravidez/induzido quimicamente , Psicotrópicos/efeitos adversos , Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias/complicações , Estudos de Casos e Controles , Pré-Escolar , Feminino , Humanos , Lactente , Gravidez , Resultado da Gravidez , Estudos Retrospectivos , Índice de Gravidade de Doença
16.
Rev Bras Ginecol Obstet ; 40(3): 106-114, 2018 Mar.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-29609192

RESUMO

OBJECTIVE: The aim of this study is to evaluate the burden of indirect causes of maternal morbidity/mortality in Brazil. METHODS: Secondary analysis of a multicenter cross-sectional study conducted in 27 referral obstetric units within the Brazilian Network for Surveillance of Severe Maternal Morbidity. RESULTS: A total of 82,388 women were surveilled: 9,555 women with severe maternal morbidity were included, and 942 (9.9%) of them had indirect causes of morbidity/mortality. There was an increased risk of higher severity among the indirect causes group, which presented 7.56 times increased risk of maternal death (prevalence ratio [PR]: 7.56; 95% confidence interval [95%CI]: 4.99-11.45). The main indirect causes of maternal death were H1N1 influenza, sepsis, cancer and cardiovascular disease. Non-public antenatal care (PR: 2.52; 95%CI: 1.70-3.74), diabetes (PR: 1.90; 95%CI: 1.24-2.90), neoplasia (PR: 1.98; 95%CI: 1.25-3.14), kidney diseases (PR: 1.99; 95%CI: 1.14-3.49), sickle cell anemia (PR: 2.50; 95%CI: 1.16-5.41) and drug addiction (PR: 1.98; 95%CI: 1.03-3.80) were independently associated with worse results in the indirect causes group. Some procedures for the management of severity were more common for the indirect causes group. CONCLUSION: Indirect causes were present in less than 10% of the overall cases, but they represented over 40% of maternal deaths in the current study. Indirect causes of maternal morbidity/mortality were also responsible for an increased risk of higher severity, and they were associated with worse maternal and perinatal outcomes. In middle-income countries there is a mix of indirect causes of maternal morbidity/mortality that points to some advances in the scale of obstetric transition, but also reveals the fragility of health systems.


OBJETIVO: O objetivo deste estudo é avaliar a importância das causas indiretas da morbidade/mortalidade materna no Brasil. MéTODOS: Análise secundária de um estudo transversal multicêntrico realizado em 27 unidades obstétricas de referência da Rede Brasileira de Vigilância da Morbidade Materna Grave. RESULTADOS: Um total de 82.388 mulheres foram avaliadas, sendo que 9.555 foram incluídas com morbidade materna grave, 942 (9,9%) delas com causas indiretas de morbidade/mortalidade. Houve risco aumentado de maior gravidade entre o grupo das causas indiretas, que apresentou risco de morte materna 7,56 vezes maior (razão de prevalência [RP]: 7.56; intervalo de confiança de 95% [IC95%]: 4.99­11.45). As principais causas indiretas de óbitos maternos foram a gripe H1N1, sepses, câncer e doença cardiovascular. Atenção pré-natal não pública (RP: 2,52; IC95%: 1,70­3,74), diabetes (RP: 1,90; IC95%: 1,24­2,90), neoplasia (RP: 1,98; IC95%: 1,25­3,14), doenças Renais (RP: 1,99; IC95%: 1,14­3,49), anemia falciforme (RP: 2,50; IC95%: 1,16­5,41) e toxicodependência (PR 1,98; IC95%: 1,03­3,80) foram associados independentemente com piores resultados no grupo de causas indiretas. Alguns procedimentos para o manejo da gravidade foram mais comuns para o grupo de causas indiretas. CONCLUSãO: As causas indiretas de morbidade mortalidade materna ocorreram em menos de 10% dos casos, mas foram responsáveis por mais de 40% das mortes maternas no presente estudo. As causas indiretas da morbidade mortalidade materna também se relacionaram com maior gravidade, e estiveram associadas a piores resultados maternos e perinatais. Nos países de renda média, há uma combinação de causas indiretas de morbidade/mortalidade materna que apontam para alguns avanços na escala de transição obstétrica, mas também mostram a fragilidade dos sistemas de saúde.


Assuntos
Complicações na Gravidez/epidemiologia , Adolescente , Adulto , Causas de Morte , Criança , Efeitos Psicossociais da Doença , Estudos Transversais , Feminino , Humanos , Mortalidade Materna , Pessoa de Meia-Idade , Morbidade , Gravidez , Complicações na Gravidez/mortalidade , Adulto Jovem
17.
Rev Bras Ginecol Obstet ; 40(4): 209-224, 2018 Apr.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-29702718

RESUMO

OBJECTIVE: To review the existing recommendations on the prenatal care of women with systemic lupus erythematosus (SLE), based on currently available scientific evidence. METHODS: An integrative review was performed by two independent researchers, based on the literature available in the MEDLINE (via PubMed), EMBASE and The Cochrane Library databases, using the medical subject headings (MeSH) terms "systemic lupus erythematosus" AND "high-risk pregnancy" OR "prenatal care." Studies published in English between 2007 and 2017 were included; experimental studies and case reports were excluded. In cases of disagreement regarding the inclusion of studies, a third senior researcher was consulted. Forty titles were initially identified; four duplicates were excluded. After reading the abstracts, 7 were further excluded and 29 were selected for a full-text evaluation. RESULTS: Systemic lupus erythematosus flares, preeclampsia, gestation loss, preterm birth, fetal growth restriction and neonatal lupus syndromes (mainly congenital heart-block) were the major complications described. The multidisciplinary team should adopt a specific monitoring, with particular therapeutic protocols. There are safe and effective drug options that should be prescribed for a good control of SLE activity. CONCLUSION: Pregnant women with SLE present an increased risk for maternal complications, pregnancy loss and other adverse outcomes. The disease activity may worsen and, thereby, increase the risk of other maternal-fetal complications. Thus, maintaining an adequate control of disease activity and treating flares quickly should be a central goal during prenatal care.


OBJETIVO: Revisar as recomendações existentes sobre o cuidado pré-natal às mulheres com lúpus eritematoso sistêmico (LES), com base em evidências científicas atualmente disponíveis. MéTODOS: Revisão integrativa realizada por dois pesquisadores independentes, com base na literatura disponível nos bancos de dados MEDLINE (via PubMed), EMBASE e The Cochrane Library, usando os cabeçalhos de assuntos médicos, ou termos MeSH, "systemic lupus erythematosus" E "high-risk pregnancy" OU "prenatal care." Estudos publicados em inglês entre 2007 e 2017 foram incluídos; estudos experimentais e relatos de caso foram excluídos. Em caso de desacordo, um terceiro pesquisador sênior foi consultado. Quarenta títulos foram inicialmente identificados; quatro duplicatas foram excluídas. Após leitura dos resumos, mais 7 artigos foram excluídos e 29 foram selecionados para uma avaliação de texto completo. RESULTADOS: Surtos de LES, pré-eclâmpsia, perda de gestação, parto prematuro, restrição de crescimento fetal e síndromes de lúpus neonatal foram as principais complicações descritas. A equipe multidisciplinar deve adotar um monitoramento específico, com protocolos terapêuticos apropriados. Há drogas seguras e eficazes que devem ser prescritas para um bom controle do LES. CONCLUSãO: Gestantes com LES apresentam risco aumentado de complicações maternas, perda de gravidez e outros desfechos adversos. A atividade da doença pode piorar e, assim, aumentar o risco de outras complicações. Assim, manter um controle adequado da atividade da doença e tratar rapidamente os surtos deve ser um objetivo central durante o pré-natal.


Assuntos
Lúpus Eritematoso Sistêmico/terapia , Complicações na Gravidez/terapia , Cuidado Pré-Natal , Feminino , Seguimentos , Humanos , Guias de Prática Clínica como Assunto , Gravidez
18.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 40(4): 209-224, Apr. 2018. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-958976

RESUMO

Abstract Objective To review the existing recommendations on the prenatal care of women with systemic lupus erythematosus (SLE), based on currently available scientific evidence. Methods An integrative review was performed by two independent researchers, based on the literature available in the MEDLINE (via PubMed), EMBASE and The Cochrane Library databases, using the medical subject headings (MeSH) terms "systemic lupus erythematosus" AND "high-risk pregnancy" OR "prenatal care." Studies published in English between 2007 and 2017 were included; experimental studies and case reports were excluded. In cases of disagreement regarding the inclusion of studies, a third senior researcher was consulted. Forty titles were initially identified; four duplicates were excluded. After reading the abstracts, 7 were further excluded and 29 were selected for a full-text evaluation. Results Systemic lupus erythematosus flares, preeclampsia, gestation loss, preterm birth, fetal growth restriction and neonatal lupus syndromes (mainly congenital heartblock) were the major complications described. The multidisciplinary team should adopt a specific monitoring, with particular therapeutic protocols. There are safe and effective drug options that should be prescribed for a good control of SLE activity. Conclusion Pregnant women with SLE present an increased risk for maternal complications, pregnancy loss and other adverse outcomes. The disease activity may worsen and, thereby, increase the risk of other maternal-fetal complications. Thus, maintaining an adequate control of disease activity and treating flares quickly should be a central goal during prenatal care.


Resumo Objetivo Revisar as recomendações existentes sobre o cuidado pré-natal às mulheres comlúpus eritematoso sistêmico (LES), combase emevidências científicas atualmente disponíveis. Métodos Revisão integrativa realizada por dois pesquisadores independentes, com base na literatura disponível nos bancos de dados MEDLINE (via PubMed), EMBASE e The Cochrane Library, usando os cabeçalhos de assuntos médicos, ou termos MeSH, "systemic lupus erythematosus" E "high-risk pregnancy" OU "prenatal care." Estudos publicados em inglês entre 2007 e 2017 foram incluídos; estudos experimentais e relatos de caso foram excluídos. Em caso de desacordo, umterceiro pesquisador sênior foi consultado. Quarenta títulos foram inicialmente identificados; quatro duplicatas foram excluídas. Após leitura dos resumos, mais 7 artigos foramexcluídos e 29 foram selecionados para uma avaliação de texto completo. Resultados Surtos de LES, pré-eclâmpsia, perda de gestação, parto prematuro, restrição de crescimento fetal e síndromes de lúpus neonatal foram as principais complicações descritas. A equipe multidisciplinar deve adotar um monitoramento específico, com protocolos terapêuticos apropriados. Há drogas seguras e eficazes que devem ser prescritas para um bom controle do LES. Conclusão Gestantes com LES apresentam risco aumentado de complicações maternas, perda de gravidez e outros desfechos adversos. A atividade da doença pode piorar e, assim, aumentar o risco de outras complicações. Assim, manter um controle adequado da atividade da doença e tratar rapidamente os surtos deve ser um objetivo central durante o pré-natal.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Complicações na Gravidez/terapia , Cuidado Pré-Natal , Lúpus Eritematoso Sistêmico/terapia , Seguimentos , Guias de Prática Clínica como Assunto
19.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 39(11): 622-631, Nov. 2017. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-898843

RESUMO

Abstract Introduction Preeclampsia, a multifactorial disease with pathophysiology not yet fully understood, is a major cause of maternal and perinatal morbidity and mortality, especially when preterm. The diagnosis is performed when there is an association between arterial hypertension and proteinuria or evidence of severity. There are unanswered questions in the literature considering the timing of delivery once preterm preeclampsia has been diagnosed, given the risk of developingmaternal complications versus the risk of adverse perinatal outcomes associated with prematurity. The objective of this systematic review is to determine the best timing of delivery for women diagnosed with preeclampsia before 37 weeks of gestation. Methods Systematic literature review, performed in the PubMed database, using the terms preeclampsia, parturition and timing of delivery to look for studies conducted between 2014 and 2017. Studies that compared the maternal and perinatal outcomes of women who underwent immediate delivery or delayed delivery, in the absence of evidence of severe preeclampsia, were selected. Results A total of 629 studies were initially retrieved. After reading the titles, 78 were selected, and their abstracts, evaluated; 16 were then evaluated in full and, in the end, 6 studies (2 randomized clinical trials and 4 observational studies) met the inclusion criteria. The results were presented according to gestational age range (< 34 weeks and between 34 and 37 weeks) and by maternal and perinatal outcomes, according to the timing of delivery, considering immediate delivery or expectant management. Before 34 weeks, thematernal outcomeswere similar, but the perinatal outcomes were significantly worse when immediate delivery occurred. Between 34 and 37 weeks, the progression to severe maternal disease was slightly higher among women undergoing expectant management, however, with better perinatal outcomes. Conclusions When there is no evidence of severe preeclampsia or impaired fetal wellbeing, especially before 34 weeks, the pregnancy should be carefully surveilled, and the delivery, postponed, aiming at improving the perinatal outcomes. Between 34 and 37 weeks, the decision on the timing of delivery should be shared with the pregnant woman and her family, after providing information regarding the risks of adverse outcomes associated with preeclampsia and prematurity.


Resumo Introdução A pré-eclâmpsia, doença multifatorial e com fisiopatologia ainda não totalmente estabelecida, é importante causa de morbimortalidade materna e perinatal, especialmente quando pré-termo. O diagnóstico é realizado quando há associação entre hipertensão arterial e proteinúria ou evidência de gravidade. Existem questionamentos na literatura se, frente ao diagnóstico de pré-eclâmpsia, a resolução da gravidez deve ser imediata ou postergada, considerando o risco de desenvolvimento de complicações maternas versus os resultados perinatais associados à prematuridade. O objetivo desta revisão sistemática é estabelecer o melhor momento de resolução da gestação em mulheres com pré-eclâmpsia antes das 37 semanas. Metodologia Revisão sistemática da literatura, realizada na base de dados PubMed, usando os termos preeclampsia parturition e timing of delivery, para encontrar estudos feitos entre 2014 a 2017. Foram selecionados estudos que comparassem os desfechos maternos e perinatais de mulheres submetidas a resolução imediata ou a postergação do parto, na ausência de evidência de pré-eclâmpsia grave. Resultados Foram localizados 629 artigos; após leitura dos títulos, 78 foram selecionados. Realizada avaliação dos seus resumos, 16 foram avaliados na integralmente e, finalmente, 6 estudos preencheram os requisitos de inclusão (2 ensaios clínicos randomizados e 4 estudos observacionais). Os resultados foram apresentados conforme a faixa de idade gestacional (± 34 semanas, e entre 34 e 37 semanas) e a avaliação dos desfechos maternos e perinatais. Antes das 34 semanas, os resultados maternos foram semelhantes; entretanto, os desfechos perinatais foram significativamente piores quando houve resolução imediata. Entre 34 e 37 semanas, a progressão para doença materna grave foi discretamente maior entre as mulheres submetidas a conduta expectante; entretanto, os desfechos perinatais forammelhores quando o parto foi postergado. Conclusões Na ausência de evidências de pré-eclâmpsia grave ou de prejuízo da vitalidade fetal, o parto deve ser postergado, principalmente antes das 34 semanas, com vigilância materna e fetal rigorosas. Entre 34 e 37 semanas, a decisão deve ser compartilhada com a gestante e sua família, após esclarecimento sobre os desfechos adversos associados à pré-eclâmpsia e prematuridade.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Pré-Eclâmpsia/terapia , Parto Obstétrico , Fatores de Tempo , Deficiência de Vitamina D/prevenção & controle
20.
Rev Bras Ginecol Obstet ; 39(11): 622-631, 2017 Nov.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-28701023

RESUMO

Introduction Preeclampsia, a multifactorial disease with pathophysiology not yet fully understood, is a major cause of maternal and perinatal morbidity and mortality, especially when preterm. The diagnosis is performed when there is an association between arterial hypertension and proteinuria or evidence of severity. There are unanswered questions in the literature considering the timing of delivery once preterm preeclampsia has been diagnosed, given the risk of developing maternal complications versus the risk of adverse perinatal outcomes associated with prematurity. The objective of this systematic review is to determine the best timing of delivery for women diagnosed with preeclampsia before 37 weeks of gestation. Methods Systematic literature review, performed in the PubMed database, using the terms preeclampsia, parturition and timing of delivery to look for studies conducted between 2014 and 2017. Studies that compared the maternal and perinatal outcomes of women who underwent immediate delivery or delayed delivery, in the absence of evidence of severe preeclampsia, were selected. Results A total of 629 studies were initially retrieved. After reading the titles, 78 were selected, and their abstracts, evaluated; 16 were then evaluated in full and, in the end, 6 studies (2 randomized clinical trials and 4 observational studies) met the inclusion criteria. The results were presented according to gestational age range (< 34 weeks and between 34 and 37 weeks) and by maternal and perinatal outcomes, according to the timing of delivery, considering immediate delivery or expectant management. Before 34 weeks, the maternal outcomes were similar, but the perinatal outcomes were significantly worse when immediate delivery occurred. Between 34 and 37 weeks, the progression to severe maternal disease was slightly higher among women undergoing expectant management, however, with better perinatal outcomes. Conclusions When there is no evidence of severe preeclampsia or impaired fetal well-being, especially before 34 weeks, the pregnancy should be carefully surveilled, and the delivery, postponed, aiming at improving the perinatal outcomes. Between 34 and 37 weeks, the decision on the timing of delivery should be shared with the pregnant woman and her family, after providing information regarding the risks of adverse outcomes associated with preeclampsia and prematurity.


Introdução A pré-eclâmpsia, doença multifatorial e com fisiopatologia ainda não totalmente estabelecida, é importante causa de morbimortalidade materna e perinatal, especialmente quando pré-termo. O diagnóstico é realizado quando há associação entre hipertensão arterial e proteinúria ou evidência de gravidade. Existem questionamentos na literatura se, frente ao diagnóstico de pré-eclâmpsia, a resolução da gravidez deve ser imediata ou postergada, considerando o risco de desenvolvimento de complicações maternas versus os resultados perinatais associados à prematuridade. O objetivo desta revisão sistemática é estabelecer o melhor momento de resolução da gestação em mulheres com pré-eclâmpsia antes das 37 semanas. Metodologia Revisão sistemática da literatura, realizada na base de dados PubMed, usando os termos preeclampsiaparturition e timing of delivery, para encontrar estudos feitos entre 2014 a 2017. Foram selecionados estudos que comparassem os desfechos maternos e perinatais de mulheres submetidas a resolução imediata ou a postergação do parto, na ausência de evidência de pré-eclâmpsia grave. Resultados Foram localizados 629 artigos; após leitura dos títulos, 78 foram selecionados. Realizada avaliação dos seus resumos, 16 foram avaliados na integralmente e, finalmente, 6 estudos preencheram os requisitos de inclusão (2 ensaios clínicos randomizados e 4 estudos observacionais). Os resultados foram apresentados conforme a faixa de idade gestacional (≤ 34 semanas, e entre 34 e 37 semanas) e a avaliação dos desfechos maternos e perinatais. Antes das 34 semanas, os resultados maternos foram semelhantes; entretanto, os desfechos perinatais foram significativamente piores quando houve resolução imediata. Entre 34 e 37 semanas, a progressão para doença materna grave foi discretamente maior entre as mulheres submetidas a conduta expectante; entretanto, os desfechos perinatais foram melhores quando o parto foi postergado. Conclusões Na ausência de evidências de pré-eclâmpsia grave ou de prejuízo da vitalidade fetal, o parto deve ser postergado, principalmente antes das 34 semanas, com vigilância materna e fetal rigorosas. Entre 34 e 37 semanas, a decisão deve ser compartilhada com a gestante e sua família, após esclarecimento sobre os desfechos adversos associados à pré-eclâmpsia e prematuridade.


Assuntos
Parto Obstétrico , Pré-Eclâmpsia , Feminino , Humanos , Pré-Eclâmpsia/terapia , Gravidez , Fatores de Tempo
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